Em 2025, a palavra “cheque” já parece coisa do passado na cabeça de muita gente. Mas será mesmo que esse meio de pagamento sumiu de vez? Nesta análise da Gold Passaport, vamos juntar dados, experiências e algumas dúvidas que surgem mesmo entre aqueles que nunca preencheram um cheque na vida para pensar: faz sentido ainda usar cheque? Quais são as vantagens, riscos e razões para que ele ainda circule, mesmo em uma era tão digital?
O cheque em 2025: quase invisível, mas ainda respira
Tanta coisa mudou no universo financeiro brasileiro nos últimos anos que pode ser até curioso descobrir: em pleno 2025, ainda existem cheques sendo emitidos, compensados e, sim, devolvidos. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) resumiu bem o cenário:
Cheques representaram apenas 0,5% das operações financeiras de pagamento no país em 2025.
E tem mais: em 2024, foram compensados 137,6 milhões de cheques, num valor total de R$ 523,19 bilhões, segundo dados da Febraban. Parece muito – e é mesmo – mas se compararmos com 1995, houve uma queda acumulada de 96% no uso desse meio de pagamento.
Então, por que ele persiste? Uma resposta rápida: nem todo mundo se sente à vontade com as opções digitais. Tem ainda os comércios que, por algum motivo peculiar, aceitam só algumas formas tradicionais. E, em alguns lugares do Brasil, conexão de internet não é algo muito confiável, o que dificulta depender só do digital.

Por que algumas pessoas ainda usam cheque?
Desde o surgimento do Pix e a atualização das transferências, esperar pela compensação de um cheque pode até parecer sofrimento. Curiosamente, ele persiste em alguns nichos:
- Pequenos comércios ou prestadores de serviço locais, que não aderiram totalmente aos meios digitais ou evitam taxas de transação;
- Clientes idosos, acostumados à relação com o papel e caderneta;
- Negócios onde o cheque ainda é exigido como “garantia” em contratos de locação de imóveis ou compra parcelada fora do sistema bancário tradicional;
- Regiões rurais ou cidades sem acesso estável à internet.
De acordo com reportagem publicada pela própria Febraban, muitas dessas pessoas têm uma resistência natural aos meios digitais. Algumas sequer possuem smartphones ou preferem evitar transações eletrônicas por receio de golpes ou dificuldades de uso.
Vantagens do cheque em pleno 2025
Parece estranho falar de vantagens do cheque quando as alternativas digitais são tão rápidas. Mas olhe por outro ângulo:
- Certeza de registro formal: O cheque é um documento físico, que serve até como confissão de dívida em situações judiciais.
- Controle “manual” das finanças: Para quem gosta de acompanhar cada centavo no papel, essa forma ainda faz sentido.
- Abre portas em acordos específicos: Alguns negócios, como aluguel de imóvel, ainda aceitam ou exigem cheque caução.
- Funcionamento offline: Não depende de conexão com a internet para ser emitido (apesar de precisar para compensação).
O cheque é visto como um símbolo de confiança entre algumas pessoas e negócios.
Para quem quer dar um passo à frente na organização financeira, vale pesquisar alternativas. No Guia Prático para Iniciantes na Gestão de Finanças Pessoais da Gold Passaport, mostramos como métodos simples – digitais ou não – podem ajudar no controle do dinheiro sem correr riscos desnecessários.
Riscos e desvantagens do cheque hoje
Aqui é onde o sapato aperta. O cheque, apesar da resistência e da confiança de alguns, carrega riscos que se intensificam à medida em que a sociedade se torna mais digital.
- Risco de inadimplência: O clássico “cheque sem fundos” ainda existe, gerando cansaço e insegurança para quem aceita esse tipo de pagamento.
- Compensação demorada: Enquanto um Pix cai em segundos, o cheque pode demorar dias para ser compensado.
- Sujeito a fraudes: Clonagem, adulteração, uso de cheques roubados... são várias as possibilidades de golpe. Explicamos algumas formas de golpe em detalhes em nosso conteúdo sobre fraudes bancárias mais comuns em 2025.
- Taxas e tarifas extras: Muitos bancos já cobram tarifas para emissão ou compensação de cheques.

Enquanto uns buscam segurança no tradicional, a realidade é que o cheque já não é protagonista.
Se considerarmos a velocidade e as facilidades das transferências instantâneas ou cartões de crédito, o cheque realmente fica para trás. Falando em opções, vale conhecer alternativas como DOC, TED e Pix, assunto já abordado aqui na Gold Passaport no artigo TED, DOC ou Pix: qual modalidade usar em cada situação.
Cheque como garantia: ainda faz sentido?
Talvez o uso mais comum do cheque em 2025 seja como garantia. É aquela história do “se der problema, deposito” – prática ainda comum em contratos de aluguel ou vendas parceladas diretamente entre pessoas. O papel e a assinatura passam ideia de compromisso.
Só que cá entre nós? É muito fácil um cheque ser sustado, danificado ou simplesmente devolvido por falta de fundos. O risco é grande para quem recebe e, em caso de briga judicial, tudo pode demorar bastante.
Depender só da confiança e de um pedaço de papel pode não ser uma escolha segura para todos.
Para situações desse tipo, é prudente tentar soluções digitais (quando possível) ou mesmo buscar garantias mais seguras e menos problemáticas. Clientes frequentemente se surpreendem com alternativas detalhadas no artigo Como evitar taxas ocultas em cartões de crédito em 2025 da Gold Passaport.
Regiões com pouco acesso digital: resistência ou necessidade?
Nas cidades pequenas e áreas rurais, o cheque acaba assumindo importância por pura necessidade. Onde a internet falha e cartões nem sempre passam, o velho e bom talão ainda circula. É questão de praticidade e, às vezes, de hábito.
Nesse contexto, vale o alerta: quem depende de cheques precisa ficar atento a golpes e fraudes. Ferramentas digitais podem parecer distantes, mas oferecer segurança é sempre importante. Em locais onde o digital está chegando agora, a informação é o melhor escudo.
No blog da Gold Passaport, na seção de Bancos Digitais, existe uma série de dicas que ajudam pessoas em regiões menos conectadas a dar os primeiros passos com serviços bancários sem medo e sem perder autonomia.
Conclusão: o cheque está saindo de cena, mas não sumiu
Em 2025, o cheque perdeu quase todo seu protagonismo nos pagamentos, mas segue presente em nichos específicos: pessoas resistentes à digitalização, comércios muito tradicionais e regiões em que a internet é limitada. Suas vantagens ainda existem, mas os riscos já pesam muito mais.
O futuro é digital, mas o cheque insiste em permanecer.
Se esse meio vale a pena para você? Depende das necessidades, dos receios e do contexto. O que não muda é o valor da informação: quanto mais você entende as opções, menos riscos corre e mais preparado fica para cuidar do seu dinheiro.
Se você quer tomar decisões conscientes sobre finanças, conhecer mais sobre inovações bancárias ou garantir que está livre de surpresas desagradáveis, continue acompanhando o conteúdo da Gold Passaport. Transforme seu conhecimento em prática e alcance seus objetivos financeiros!
Perguntas frequentes sobre cheques em 2025
O que é um cheque em 2025?
Mesmo com a digitalização dos bancos, o cheque em 2025 continua sendo um documento físico usado para transferir valores de uma conta para outra. Preenchido manualmente, ele funciona como uma ordem de pagamento e pode servir como comprovante de dívida, ainda que o volume de uso esteja quase extinto, como mostram dados da Febraban.
Vale a pena usar cheque ainda?
Na maioria das situações, existem opções melhores e mais seguras, como transferências instantâneas ou cartões de crédito. O cheque ainda pode fazer sentido para públicos muito específicos ou em locais sem acesso digital, mas há riscos. Na dúvida, vale buscar informações (como as disponíveis na Gold Passaport) antes de usar.
Quais os riscos de usar cheque hoje?
Os principais riscos do cheque em 2025 são: inadimplência (cheque sem fundos), demora na compensação, exposição a fraudes (cheques clonados ou adulterados) e tarifas cobradas por bancos. Para evitar problemas, é melhor usar cheques apenas quando não há mesmo alternativa, e conferir nossas dicas em fraudes bancárias mais comuns em 2025.
Como funciona a compensação de cheques?
A compensação é o processo pelo qual o banco do vendedor/confiante verifica se há fundos na conta de quem emitiu o cheque. Após depositar o cheque, pode levar de um a três dias úteis para o valor ser liberado, dependendo de onde foi emitido. Se não houver saldo na conta, o cheque é devolvido, o que pode gerar multas e restrições ao emitente.
Cheque ainda é aceito nos bancos?
Sim, mesmo em 2025, bancos tradicionais ainda aceitam cheques, mas em geral limitando a oferta de talões e cobrando taxas de emissão ou compensação. Muitos estabelecimentos comerciais já não aceitam, mas o sistema bancário ainda opera normalmente, especialmente para clientes que dependem desse meio tradicional.