O universo financeiro brasileiro mudou muito nos últimos anos. Bancos digitais, impulsionados pelo avanço da tecnologia, trouxeram novas experiências aos usuários. No centro dessas inovações, os dados biométricos ganharam destaque. Mas como exatamente as instituições digitais coletam, armazenam e protegem essas informações tão sensíveis? Nesta análise feita pelo Gold Password, você vai entender o que acontece com sua digital, rosto ou voz ao abrir sua conta digital. Prepare-se para descobrir os bastidores dessa tecnologia, e os desafios que ela impõe.
Por que a biometria virou padrão nos bancos digitais?
Não faz tanto tempo, senhas e códigos eram as barreiras principais contra fraudes bancárias. Mas hoje, a biometria é a escolha de 82% dos brasileiros para autenticação em serviços financeiros digitais (artigo do E-Commerce Update). Impressões digitais, reconhecimento facial e até leitura de voz tornaram-se comuns. Há motivos para tanta popularidade?
- Acesso mais prático e rápido: basta um toque ou um olhar.
- Redução de esquecimento de senhas.
- Dificuldade maior em ser falsificado, ao menos teoricamente.
Nem toda inovação tecnológica é só tranquilidade.
Embora seja confortável acessar contas digitais sem digitar nada, pesquisas mostram que mais de 70% dos brasileiros têm receio de fornecer seus dados biométricos para bancos. O levantamento da Valor Investe confirma esse sentimento. Pode ser medo de vazamentos, de uso indevido ou de não saber exatamente como a informação é utilizada.
Como os bancos digitais coletam e armazenam biometria?
O processo começa muito antes do primeiro acesso. No cadastro inicial, fotos do rosto, gravações de voz ou impressões digitais são solicitadas. Esse procedimento se popularizou tanto que o número de brasileiros acessando serviços bancários digitais saltou de 97,1 para 119,6 milhões em dois anos, segundo dados do IBGE. Ou seja, quase três em cada quatro usuários de internet acima de 10 anos têm contato com biometria digital em bancos.
O fluxo típico de coleta é algo assim:
- Usuário envia foto, vídeo ou áudio no app, seguindo orientações da instituição.
- O dado é convertido em uma espécie de “código matemático” exclusivo seu, chamado template biométrico.
- Esse template é criptografado e armazenado em servidores protegidos, muitas vezes na nuvem.
- Em cada tentativa de acesso, o sistema compara sua nova biometria com o template armazenado.
No entanto, há diferenças técnicas profundas entre bancos, principalmente em como e onde esses dados ficam guardados. Algumas instituições optam por armazenar dados em servidores internos, outras apostam em serviços de nuvem ultra protegidos. E tem aquelas que fazem uma combinação dos dois modelos.

Medidas de segurança e desafios
Com tanta informação sensível, o desafio é claro: evitar fraudes e vazamentos. No início de 2025, houve um aumento de 41,6% nas tentativas de fraude envolvendo biometria em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso mostra que, apesar dos avanços, criminosos tentam driblar a tecnologia. O Artigo do E-Commerce Update apresenta detalhes sobre esse cenário complicado.
Para tentar bloquear essas ameaças, bancos digitais investem em:
- Criptografia avançada durante todo o ciclo de armazenamento
- Códigos que fazem autodestruição após múltiplas tentativas suspeitas de acesso
- Mecanismos de detecção de “falsos positivos”, como tentativas usando fotos ou vídeos para enganar o sistema
- Monitoramento em tempo real e auditorias de rotina
Mesmo assim, quase 60% dos brasileiros sentem insegurança em fornecer biometria digital para bancos, segundo pesquisas do Agência Brasil. A preocupação é justificada. Uma vez vazada, sua digital ou rosto não podem ser “trocados” como senhas tradicionais. É um impacto permanente.
Na comunidade Gold Password, muitos leitores relatam dúvidas: “O banco pode usar minha biometria para rastrear outros dados?” ou “Que tipo de controle eu tenho sobre minhas informações?” São questões cada vez mais frequentes.
Legislação e transparência: existe controle?
Desde a chegada da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), bancos digitais passaram a detalhar em suas políticas como tratam cada dado biométrico. E as obrigações ficaram mais rígidas:
- A instituição deve justificar por que coleta o dado e para qual finalidade.
- O usuário pode pedir acesso, correção ou até exclusão das informações.
- Em caso de incidente, é obrigatório avisar os titulares e regularizar a situação junto a órgãos competentes.
Transparência gera confiança. Mas exige vigilância constante.
Nesse contexto, é válido consultar a política de privacidade do banco digital – e perguntar sempre que algo não ficar claro. O número de empresas que armazenam biometria cresceu de 24% para 30% de 2021 para 2023 (dados do CGI.br). Ou seja, o tema só vai ganhar mais relevância daqui para frente.
O usuário como protagonista da própria segurança
É curioso pensar nisso, mas o elo mais fraco na cadeia ainda costuma ser o próprio usuário. Em relatos recorrentes no Gold Password, leitores compartilham situações como selfies enviadas às pressas, sem conferir o ambiente ao redor, ou compartilhamento do celular desbloqueado.
Pequenas atitudes, por mais simples que pareçam, fazem diferença na proteção biométrica:
- Garanta que só você tenha acesso ao seu dispositivo com biometria ativa
- Evite cadastrar sua biometria em ambientes públicos e sem privacidade
- Desconfie de aplicativos ou contatos solicitando confirmação biométrica fora do app oficial do banco
- Acompanhe a legislação e, se necessário, solicite relatórios ao banco sobre o uso dos seus dados
Em resumo, você não está sozinho na missão de proteger seus dados, mas precisa assumir esse papel de vigilância.

O futuro da biometria nos bancos digitais
O avanço não vai parar. Surgem autenticações multifatoriais que combinam biometria com códigos temporários, sensores de comportamento e até inteligência artificial que aprende seu padrão de uso.
Mas é bom lembrar: segurança e praticidade sempre caminham em equilíbrio instável. Para quem inicia agora no universo das finanças digitais, pode ser interessante dar uma olhada em comparativos como o guia entre bancos digitais e tradicionais. Assim, as escolhas ficam mais claras e conscientes.
Como buscar mais segurança e conhecimento?
Entender o uso dos seus dados é um passo enorme para a liberdade financeira. A equipe do Gold Password incentiva sempre essa curiosidade e o hábito de buscar informações verdadeiras e atualizadas.
Se quiser conhecer mais sobre como a tecnologia afeta sua vida financeira, veja também conteúdos sobre mudanças na Selic ou investimentos para iniciantes, disponíveis no nosso blog. Ou, para uma visão moderna, nossa análise sobre novas redes e tendências digitais pode ser reveladora.
Sua privacidade vale mais do que qualquer senha.
Conclusão
O gerenciamento de dados biométricos pelos bancos digitais é um reflexo direto da busca por praticidade, sem abrir mão de segurança. Mas não há caminho pronto. Cada brasileiro, ao acessar seu banco digital, move esse sistema para frente, trazendo novos desafios e soluções. A equipe do Gold Password convida você a continuar acompanhando nossos conteúdos e, assim, tomar decisões cada vez mais conscientes sobre seu dinheiro e seus dados. Compartilhe dúvidas, troque experiências e fortaleça sua jornada financeira conosco!
Perguntas frequentes sobre biometria em bancos digitais
O que são dados biométricos bancários?
Dados biométricos bancários são informações físicas e comportamentais únicas de cada pessoa, como impressões digitais, reconhecimento facial, leitura de voz ou até análise da íris. Nos bancos digitais, esses dados são usados principalmente para autenticar o acesso à conta, realizar transações e reforçar a segurança contra fraudes.
Como bancos digitais coletam biometria?
A coleta normalmente acontece durante o cadastro no aplicativo. O usuário é convidado a tirar uma selfie, gravar um vídeo, registrar a digital ou falar algumas palavras-chave para validar o perfil. O sistema, então, transforma essa imagem, áudio ou leitura em um código matemático criptografado, guardando-o de forma segura para comparar em acessos futuros.
Meus dados biométricos são seguros?
Bancos digitais investem em mecanismos de criptografia, autenticação multifatorial e monitoramento constante para proteger seus dados biométricos. No entanto, como indicam pesquisas do CGI.br e Agência Brasil, muitos usuários ainda têm receio, pois, em caso de vazamento, a biometria não pode ser “trocada” como uma senha comum.
Posso excluir meus dados biométricos?
Sim. A LGPD garante o direito de pedir a exclusão dos seus dados biométricos junto ao banco digital. O processo pode envolver o pedido por meio do app, e-mail oficial ou canais de atendimento. O banco tem obrigação legal de cumprir esse pedido ou explicar por que precisa manter a informação, sempre detalhadamente.
Quais bancos usam autenticação biométrica?
Praticamente todos os bancos digitais brasileiros adotam alguma forma de autenticação biométrica, seja reconhecimento facial, digital, voz ou híbrida. Essa tendência segue crescendo, na medida em que a quantidade de usuários digitais aumenta pelo país, como mostram os dados recentes do IBGE. A escolha do tipo de biometria e nível de exigência varia conforme a instituição financeira.