Quando falamos em segurança bancária, a maior preocupação hoje é: como proteger dados e dinheiro em meio ao aumento das fraudes digitais? Ao mesmo tempo, queremos praticidade. A tecnologia trouxe benefícios, mas também abriu novos caminhos para golpes. Por isso, a autenticação em duas etapas se tornou, nos últimos anos, peça-chave para qualquer pessoa que utiliza serviços financeiros digitais. E, convenhamos, não é exagero.
Os números assustam
Dados recentes mostram que só em janeiro de 2025, o Brasil bateu recorde com 1.242.093 tentativas de fraude, sendo o setor bancário responsável por 52,5% delas. Em fevereiro, mais de 1 milhão de fraudes foram evitadas, em média uma a cada 2,2 segundos (fonte Serasa Experian). E o cenário não melhorou: no primeiro trimestre do ano, quase 2 milhões de ataques atingiram bancos e cartões, ameaçando causar prejuízos superiores a R$ 15,7 bilhões (outro estudo da Serasa Experian).
Fraude digital já virou rotina. Ignorar é arriscar seu futuro financeiro.
Aqui na Gold Password, sabemos que informação é o início da proteção. Por isso, vamos explicar neste artigo o que é autenticação em duas etapas, como funciona, e por que você não deveria abrir mão desse recurso ao usar seu banco—qualquer banco, físico ou digital.
Autenticação em duas etapas: o que significa
O processo não é tão complicado quanto parece. No fundo, tem um conceito simples: proteger seu acesso exigindo dois tipos diferentes de confirmação.
- O primeiro fator normalmente é algo que você sabe, como sua senha.
- O segundo é algo que você tem, como um celular para receber código, ou algo que é parte de você, por exemplo, a sua biometria.
Quando ambos são necessários para acessar sua conta, mesmo que alguém descubra sua senha, ainda precisará do segundo recurso. Resultado: a proteção aumenta bastante.
Com dois passos, fica muito mais difícil alguém invadir sua conta.
Como isso se aplica nos bancos
Bancos entenderam que, com a digitalização acelerada das operações financeiras, não dá para confiar só em usuário e senha. É fácil alguém roubar ou vazar essas informações. Por isso, eles implementam autenticação em dois fatores em quase todas as operações sensíveis:
- Login na conta pelo aplicativo ou site
- Transferências de valores
- Cadastro de novas chaves Pix ou contas de terceiros
- Resgate de investimentos
- Alteração de informações pessoais
O Banco Central, inclusive, passou a exigir verificação em duas etapas para o acesso ao Sistema de Valores a Receber (SVR) e ao Registrato no GOV.BR, buscando impedir acessos não autorizados a informações delicadas (veja detalhes das medidas do Banco Central).

Modos mais comuns: um panorama rápido
- SMS ou e-mail: ao tentar entrar ou movimentar dinheiro, você recebe um código temporário. Só acessa se digitar o código correto.
- Aplicativo autenticador: apps como Authy e Google Authenticator geram códigos novos a cada 30 segundos.
- Biometria: em muitos bancos já é possível liberar transações com impressão digital ou reconhecimento facial.
De acordo com pesquisa da Unico, 75% dos bancos que apostam em inteligência artificial já adotaram biometria facial. Entre os consumidores, 70% só fazem negócios se sentirem que seus dados estão protegidos.
A diferença entre bancos digitais e tradicionais
Tem dúvidas se bancos digitais são mais seguros que os tradicionais? Recentemente, abordamos esse tema no artigo Bancos Digitais vs. Bancos Tradicionais, mostrando como a autenticação em duas etapas se tornou padrão nas duas modalidades. O que muda, na prática, são os canais e as tecnologias disponíveis, mas a lógica é sempre elevar o controle do cliente sobre o próprio acesso.
Quem mais precisa usar autenticação em duas etapas?
- Pessoas que movimentam grandes quantias frequentemente
- Usuários que fazem operações via internet banking em lugares públicos ou em redes wi-fi abertas
- Aposentados, que muitas vezes usam o banco como única fonte para movimentar benefícios
- Jovens conectados, que tendem a testar novas tecnologias financeiras, mas nem sempre prestam atenção total à segurança
- Toda pessoa que já foi vítima de vazamento de dados
Mas, honestamente, toda pessoa conectada deveria usar. Basta lembrar dos números alarmantes, e pensar que sempre pode ser a sua vez, mesmo acreditando que isso "nunca acontece comigo".
Os pontos positivos da autenticação em duas etapas
- Reduz drasticamente a chance de invasão da conta.
- Inibe golpes como phishing, já que o código não chega por e-mail falso ou site fake.
- Oferece tranquilidade ao saber que, caso seu celular ou computador seja roubado, a conta não ficará tão vulnerável.
- Protege tanto no internet banking quanto nos aplicativos do celular.
Segurança nunca é demais quando o assunto é dinheiro.
O lado prático: ativar, usar e lidar com contratempos
No dia a dia, você pode esquecer o celular, perder acesso ao e-mail, ou ter problemas técnicos. É verdade, isso acontece. Por isso, ao ativar o recurso, muitos bancos permitem cadastrar um telefone de reserva ou o e-mail alternativo. Às vezes, geram uma lista de códigos de recuperação. Basta guardar em local seguro. Mesmo com possíveis pequenos obstáculos, o benefício é tão grande que vale a pena o pequeno incômodo.
Por que existe tanta resistência?
Conversando com usuários da Gold Password, percebemos que alguns ainda acham demorado, ou não entendem a real vantagem. Mas basta saber que criminosos estão testando novas técnicas a cada momento. É como trancar a porta de casa: leva segundos, mas evita sérios transtornos.

Autenticação não impede evoluções no setor
Considere que mudanças tecnológicas, como a revolução da inteligência artificial e dos sistemas financeiros digitais, caminham lado a lado com o aumento da sofisticação das fraudes. Temas como o impacto da IA nos bancos e, de um jeito talvez surpreendente, até mesmo o crescimento das criptomoedas (leia sobre a explosão das criptomoedas), exigem regras ainda mais claras sobre proteger identidades online.
Enquanto novas soluções para segurança financeira surgem, a autenticação em duas etapas segue como abordagem confiável para proteger o dinheiro, especialmente em tempos de incerteza, como noscilação da Selic (artigo sobre mudanças na Selic) ou nas variações constantes do Ibovespa (saiba mais sobre o Ibovespa).
Conclusão
Proteger suas finanças nunca foi tão urgente. Se antes a autenticação em duas etapas era vista como um diferencial, agora é praticamente uma obrigação. Não só por causa das exigências do Banco Central e dos bancos, mas porque ela se tornou ferramenta simples para tornar o acesso bancário mais seguro.
Continue acompanhando conteúdos da Gold Password, aprimore sua relação com o dinheiro, questione práticas antigas e faça escolhas que realmente defendam seu patrimônio. Compartilhe esse artigo, troque ideias conosco e ajude a promover uma comunidade mais cuidadosa com o próprio dinheiro.
Sua próxima atitude pode ser o passo decisivo para evitar grandes dores de cabeça.
Perguntas frequentes
O que é autenticação em duas etapas?
Autenticação em duas etapas é um método de proteção digital em que você precisa, além de informar a senha, confirmar sua identidade através de outro fator, como um código enviado por SMS, e-mail, aplicativo autenticador ou biometria. Essa dupla checagem diminui muito as chances de alguém acessar sua conta, mesmo que descubram sua senha.
Como ativar autenticação em dois fatores?
Geralmente, você ativa acessando as configurações de segurança do aplicativo ou site do banco. Ali, procura por “autenticação em duas etapas” ou “segurança adicional”. Cada banco pode pedir confirmação via SMS, e-mail, ou escolher um aplicativo autenticador. Basta seguir os passos, cadastrar um telefone, e-mail ou habilitar a biometria (quando disponível). Crie também códigos de reserva e guarde em local seguro.
Vale a pena usar autenticação no banco?
Vale sim. Os dados mostram que tentativas de fraude aumentam muito, e o setor bancário é alvo principal. Usar autenticação em duas etapas torna mais difícil que golpistas consigam acessar sua conta. Mesmo se parecer trabalhoso, o ganho em proteção compensa completamente.
É seguro usar autenticação em duas etapas?
É seguro, desde que você mantenha o sigilo dos códigos, não compartilhe informações sensíveis e evite armazenar os códigos em locais de fácil acesso para terceiros. O risco diminui bastante em relação ao uso só de senha, pois o criminoso precisaria de dois dados diferentes para invadir sua conta.
Preciso de internet para autenticar?
Depende do método. SMS e aplicativos autenticadores normalmente não exigem internet na hora de digitar o código, já que o SMS chega pelo sinal da operadora e autenticação via app pode ser feita mesmo offline. Já o e-mail e alguns métodos biométricos podem precisar de conexão. Sempre que possível, cadastre alternativas para não ficar sem acesso.